De vez em quando acontecia-lhe isto: a consciência de si mesmo desagregava-se e perdia o fio à meada de si próprio. Sem Ariadne que lhe valesse, enovelava-se todo, não tendo ponta por onde se lhe pegar.
Ficava assim, centrifugado, até que qualquer coisa, na ponta do sapato, na manga da camisola ou no padrão das meias o devolvesse à sua morada. Eram estes pormenores, tantas vezes observados ao som monótono de vozes docentes, os heróis anónimos que o resgatavam da cisão por onde se escapava.
Sem comentários:
Enviar um comentário