terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Era um lar para a terceira idade. Entre os utentes afectados por alzheimer, um homem ainda novo que usava roupas e pantufas tão rasgadas que não se conseguia perceber onde acabava uma peça e começava outra. O seu olho esquerdo seguro na órbita por linhas cirúrgicas. Estranhamente, aproximou-se dela. Todos tentavam convencê-la a não dar-lhe importância, dado o estado de decadência mental em que se encontrava, mas ela percebia nele algo grandioso e ainda não apagado pela doença. Ambos conseguiam vêr-se apara além dos destroços um do outro. Apaixonaram-se.